Campanha-01-01

Artigos

4/recent/ticker-posts

Quando o feedback chega até artistas se surpreendem, Shanaia

image host

Não é um problema actual, mas os que alimentam e nutrem o espírito estético da sociedade são os artistas. Mas o que ganham prestígio são as personagens.

Fruto do sistema capitalista, artistas são marginalizados não obstante a sua contribuição para a sociedade, facto que pode ser evidenciado pela artista Shanaia de Sousa, artista plástica moçambicana baseada em Portugal que através das suas obras busca criar narrativas visuais.

Can-you-see-it
Título: Can you see it?
 
Com suas habilidades que combinam o real e o fantástico, Naia  – seu nome artístico –, contemplou a reação dos espectadores que entraram em contacto com suas obras, isto porque as suas obras para além de serem agradáveis a quem vê, cumprem o determinado propósito – funcionar e agregar valor ao público para o qual a obra se destina. 

Snapinsta-app-439482515-1743430479513149-3059615919380236905-n-1080
Foto tirada na Feira de Arte, Portugal
     
De modo geral, poucos arriscariam o futuro de seus filhos exclusivamente à arte, mesmo sabendo das relevância da existência da arte na sociedade. Entretanto, no dia-a-dia deparamo-nos com figuras comprometidas com a satisfação da sociedade que, através das suas habilidades obtidas através de esforço e disciplina, buscam proporcionar uma ampliação da realidade baseado nas suas experiências representadas em símbolos universalmente conhecidos.

Metamorfose-esquerda
Metamorfose (esquerda)
 
Para artistas como a Naia, o modo de representar o mundo de forma abstracta resulta da leitura da concepção convencional sobre o mundo percebido de forma geral num entrelace entre o subjetivismo desprovido de preconceito através da disciplina subjectiva configurada em linguagem acessível a todos. 

Metamorfose-direita
Metamorfose (direira)
   
Devido  ao silêncio ensurdecedor relacionado às obras de arte para os artistas, estes que têm pouco contacto com os espectadores, Naia pôde, em uma feira de arte, sentir o feedback do público perante as suas obras, que para além de invocarem emoções únicas aos espectadores, inspiram a algo. 

Segundo o que Naia contou à nossa equipa, “é interessante ver ao vivo como cada pessoa reage e interpreta as minhas obras”. Isto porque o artista passa, durante o seu processo, sob uma fase de êxtase até a concepção de uma obra que nasce devido ao ambiente e o repertório que possui. 

E foi no Porto que a Naia pôde experienciar a energia dos espectadores, num ambiente que reunia vários artistas cujo intercâmbio serviu de gatilho para o disparo de novas ideias nessa cadeia de arte, cujo o criador é ofuscado pelo que, através de pinceladas, conseguiu parir.

Como forma de fecho, Naia compartilhou algumas dicas para iniciantes e aspirantes a artistas frisando que, “aconselharia que os artistas iniciantes se inclinassem para os seus estímulos", pois para ela o artista deve sentir-se firme a cada traço que fizer, assim como tomar posse da sua arte. Mesmo que desconfortável parece no início, Naia defende que é importante que quem um dia deseja se tornar um a assumir o título, tendo enfatizado dizendo que, “isto é um processo que sinceramente não sei se algum dia termina, mas acredito que quanto mais fazemos isso, cada vez mais conseguimos nos expressar completamente com as nossas criações e realmente reflectir o que nos vai na mente".

The-fallacy-of-tunnel-vision
The fallacy of tunnel vision
    
Para os apreciadores, Naia deixa a seguinte mensagem: “Continuem a trazer os vossos pontos de vista que nos dão a perceber que realmente algo foi alcançado dentro de vocês pelas obras. Que continuem enriquecendo as obras dos artistas envolvendo-se em debates, conversas e análises que agregam valor ao trabalho.

Enviar um comentário

0 Comentários

Campanha-01-01