Imaginemos uma criança que paulatinamente vai ganhando autonomia, ao mesmo tempo em que vai configurando ou significando o mundo e os fenómenos a sua volta para dar sentido a sua realidade. Essa criança que, tendo passado muito tempo a depender chega a fase da adolescência em que, embora dependente, precisa saber como se comportar quando estiver fora da sua zona de conforto, mas sem se esquecer dos seus valores que lhe foram inculcados quando criança.
Nem precisamos imaginar desta vez, porque todo mundo sabe o que é Marketing. A quem ainda não está familiarizado com este conceito, talvez dizer que Marketing pode ser compreendido como um recipiente que engloba, em si, várias estratégias que quando usadas eficazmente podem ajudar a comunicar, informar, e até a vender. As estratégias que estariam contidas dentro deste recipiente, Marketing neste caso, seriam desde o Design, Cinema, Copywriting, Fotografia e até Música.
Agora imaginemos novamente um país que nasce e se encontra numa situação caótica, quital dizer situação de desordem porque soa melhor, ou seja essa palavra vende. Onde após a guerra e opressão, momento este que se fez o uso de propagandas para se comunicar com as massas (não spaghetti), as pessoas que outrora foram bombardeadas por propagandas se tornaram em novos empreendedores e alguns em donos e gestores de pequenas, médias e grandes marcas.
Estes novos donos de negócios não conhecem a diferença existente entre publicidade e Propaganda. Então, aqui devia vir uma história sobre a fundação dessa agência que ao citar aqui seria publicidade, mas ao navegar no livro do Thiago Fonseca aprendi que publicidade é dinheiro. Calma, calma; ele não disse assim, acabei de conferir em seu livro e diz o seguinte: “O dinheiro não tem ideias, as ideias é que têm dinheiro”, por isso que como não fui pago não vou citar essa agência. É justo, a nossa equipe teve a ideia de fazer este texto só para analisar se vai gerar dinheiro e a única dúvida é: será que a dica do segundo capítulo “joba”?.
Continuando, mas desta vez de forma clara e objectiva, Thiago Fonseca publicitário e actualmente Director Criativo de uma das maiores agências do país, sentiu a necessidade de contribuir na forma que se fazia ou se faz o Marketing no país, adoptando uma postura conhecida como “Pensamento Local”, que por consequência a esse conceito teve de buscar uma forma de pensar o Marketing nos países com mercados emergente, termo bonitinho para chamar os países do terceiro mundo; "cenas de publicidade", vender não vender e tal.
E o conceito por ele criado foi Bazarketing, que nasce da compreensão de que a forma de se comunicar com as massas nos países com mercados emergentes não podia ser da mesma forma que nos países do primeiro mundo. Apanhaste o trocadilho? Deve não ter feito sentido essa “cena”, por isso vou continuar com coisas “maningue” sérias.
“O Marketing é palavra que vem do market que significa mercado. Mas e se esse mercado não existe e se comporta como Bazar que outro nome se poderia ter?”
É através dessa analogia que nasce o conceito Bazarketing, mas isso está no primeiro capítulo do livro. Graças a essa percepção, por algum momento chegou-se a achar que JeitO fosse sinónimo de preservativo e graças ao segundo capítulo posso melhor compreender essa “cena”. Espero que não penses dessa forma esses jogos de marketing, porque se não estiveres dentro do assunto a única coisa que posso dizer é que, “Andar fora é maningue arriscado”.
E se submete ao fracasso aquele que trabalha com marketing e não adequa a comunicação ao meio no qual pretende comunicar. Quer que o resultado seja fresco, mas só trata enlatados como explica o terceiro capítulo.
Seria interessante continuar nessas dicas, mas o ideal é o reconhecimento do conteúdo partilhado pelo Thiago Fonseca em 2004, em forma de livro para que mais outros profissionais pudessem ter uma ideia de como suceder no mercado moçambicano. A única dúvida que nos resta é saber se estes conteúdos continuam relevantes aos nossos dias?
Publicidade é a arte de sintetizar por isso fui "maningue" breve. Dedicamos este texto trajado desse estilo informal como homenagem ao conteúdo do livro Bazarketing.
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