A literatura moçambicana tem crescido nos últimos anos. E nesse âmbito temos também acompanhado lançamentos de vários novos autores, dos quais maior parte jovens que, com narrativas singulares, nos transportam a lugares marcantes e nos fazem conhecer personagens, histórias fictícias e reais através dos mais distintos gêneros literários.
Há quem, ainda com ambição de se lançar na cena literária moçambicana, decidiu aguardar e emprestar suas habilidades de escritas à projectos inovadores. É o caso de Marlene Diogo, natural da província de Sofala, na Cidade da Beira. É finalista na área de Contabilidade e Finanças na Universidade Zambeze.
Começou por escrever prosas aleatórias, publicando-as na sua página "Rabiscando Versos", até porque como nos explicou “sou apaixonada pela literatura e sempre gostei de escrever e mergulhar em palavras quando elas ficam nubladas ou ensolaradas para mim”
Um tempo depois, dado ao seu engajamento a nível das redes sociais, Marlene Diogo criou um projecto pessoal rentável em que resgatar tempos antigos de como a transmissão das mensagens eram feitas, foi o principal objectivo. Hoje em dia ajuda as pessoas a exteriorizarem seus sentimentos por meio de cartas.
Durante a conversa com a nossa equipa, em forma de revelação, ela disse que, “ As pessoas não falam, guardam tudo para si mesmas e eu quis ajudar as pessoas a falarem porque é uma forma de demonstrar amor e o meu propósito na terra é espalhar amor e esta é a melhor forma que encontrou”.
As cartas, inicialmente, eram entregues aos destinatários em formato físico, nos modelos de papel branco, envelhecido, pergaminho, com borda e manuscrita. Com o passar do tempo, para acompanhar a modernização, Marlene migrou às cartas electrónicas, em formato audiovisual.
É responsável por toda produção e criação das cartas, desde a escrita do texto, a narração poética do mesmo e a edição do vídeo. As histórias, com a autorização dos clientes, são publicadas em sua página Rabiscando Versos, no Instagram.
Marlene Diogo tem sonho de lançar um livro, mas neste momento não é sua prioridade. Além disso, conta com um livro já elaborado, mas “não pretendo lançar porque é muito pessoal”, justificou. Apaixonada pelo gênero lírico, deseja que seu primeiro livro seja uma coletânea de poemas.
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