Osmond Tshuma é educador, designer gráfico e Director de arte Africano, da cidade de Harere em Zimbabwe. Este que é um designer gráfico de mãos cheias no que concerne a valorização das culturas africanas.
Tshuma tem desenvolvido a habilidade de conceituar seus trabalhos, olhando, antes de mais, para o contexto ao qual o resultado se destina e depois busca um elemento que é próprio do local para transformar em linguagem visual.
Fonte: Instagram de Tshuma
A sua proeza em explorar conceitos inspirados nas culturas africanas pode ser observada nos seus ensaios, estes que consistiram na criação de elementos de todos os países Africanos como forma de celebrar a independência de cada um deles, tal como demonstra a imagem acima publicada no âmbito da celebração do dia da independência em Moçambique.
Fonte: Instagram de Tshuma
Estes são alguns, entre vários, trabalhos realizados por Tshuma. Entretanto, é possível perceber que a revogação da capacidade intelectual de um designer gráfico Africano é necessário para que possa haver uma contribuição significativa no mundo do design; embora essa capacidade seja apenas possível com o conhecimento de factos históricos inerentes a vasta cultura africana pelos próprios africanos assim como qualquer outra pessoa que se interessa em trazer soluções inovadoras, considerando o cenário e tendências actuais no mundo do design.
Saiba como Tshuma conseguiu atravessar as fronteiras de África através da crítica do colonialismo usando tipografia.
Fonte: Behance de Tshuma
Durante a sua pesquisa sobre as campanhas pós-modernas em África, segundo Tshuma; achou interessante conciliar os estudos teóricos com as práticas modulares nas quais estava a experimentar naquela altura. Foi quando iniciou a criação da tipografia The Colonial Bastard Rhodes Typeface como crítica pós-colonial ao John Rhodes e o impacto colonial na África do Sul.
“Cecil John Rhodes foi um colonizador e homem de negócios britânico. Foi também um personagem essencial no projeto britânico de construção do caminho de ferro que ligaria o Cairo, no Egito, ao Cabo, na África do Sul, nunca realizado.” Wikipédia.
Fonte: Behance de Tshuma
O princípio prático que orientou a construção da tipografia foi baseado nas fontes usadas nos cartazes veiculados na época colonial, dando enfase as serifas, tendo, os contrastes das hastes, inspiradas na tipografia Bodoni, esclareceu Tshuma.
Fonte: Behance de Tshuma
Desde essa prática, Tshuma e seus companheiros têm se dedicado na criação tipográfica e pesquisa da história africana; agregando, cada vez mais, conteúdos importantíssimos para construção e narração do design pelos africanos para o mundo.
Fonte: Behance de Tshuma
Após a sua conclusão, a Revista Wired Desired fez algo de espetacular ao usar a tipografia como fonte principal display para títulos e entrada dos conteúdos, assim como a personalização da fonte para criação de logo da “Innovation Awards”, onde Tshuma comentou, inclusive, ter gostado da aplicação da sua fonte.
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